segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ministério distribuirá tablets a professores do ensino médio

Tecnologias da Educação
Quinta-feira, 02 de fevereiro de 2012
 Extraído do Portal do MEC

O Ministério da Educação vai investir cerca de R$ 150 milhões neste ano para a compra de 600 mil tablets para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os equipamentos serão doados às escolas e entregues no segundo semestre.

O objetivo do projeto Educação Digital – Política para computadores interativos e tablets, anunciado pelo ministro Mercadante nesta quinta-feira, 2, é oferecer instrumentos e formação aos professores e gestores das escolas públicas para o uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino e aprendizagem.

Para o ministro, o mundo evolui em direção a uma sociedade do conhecimento e a escola tem que acompanhar esse processo. “É muito importante que a gente construa uma estratégia sólida para que a escola possa formar, preparar essa nova geração para o uso de tecnologias da informação”, disse. Segundo o ministro, esse é um processo e o governo federal quer acelerar, sem atropelos. “É evidente que a tecnologia não é um objetivo em si, nada substitui a relação professor-aluno.”

A tecnologia, afirmou, vai ser tão mais eficiente quanto maiores forem os cuidados pedagógicos e quanto maior for o envolvimento dos professores no processo. “Estamos definindo que, na educação, a inclusão digital começa pelo professor.”

O projeto compreende o computador interativo - equipamento desenvolvido pelo MEC, que reúne projeção, computador, microfone, DVD, lousa e acesso à internet, e o tablet. Os computadores interativos já foram distribuídos para as escolas do ensino médio e no segundo semestre chegam os tablets. Esses tablets serão nos modelos de 7 ou 10 polegadas, bateria com duração de 6 horas, colorido, peso abaixo de 700 gramas, tela multitoque, câmera e microfone para trabalho multimídia, saída de vídeo, conteúdos pré-instalados, entre outras características.

Aos computadores serão integradas as lousas eletrônicas, compostas de caneta e receptor. Acopladas ao computador interativo (equipamento com computador e projetor, ofertado pelo MEC aos estados e municípios), permitirão ao professor trabalhar os conteúdos disponíveis em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador.

Além de enviar equipamentos, o MEC oferece cursos de formação aos professores. Segundo Mercadante, mais de 300 mil professores já fizeram o curso do ProInfo, e agora os 600 mil que lecionam no ensino médio terão à disposição um curso de 360 horas para trabalhar com as novas mídias. A qualificação será feita pela rede de formadores do ProInfo, que já trabalha com especialistas de universidades públicas.

Fundamental
- Pelo cronograma do projeto Educação Digital, assim que for concluída a entrega de tablets para as escolas do ensino médio, terá início a distribuição para os estabelecimentos do ensino fundamental que oferecem os anos finais e a seguir para os anos iniciais. Foram pré-requisitos para definir por onde começar a distribuição de tablets: ser escola urbana de ensino médio, ter internet banda larga, laboratório do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) e rede sem fio (wi-fi).

Conforme o ministro da Educação, com a entrega de novas tecnologias da informação, professores e escolas públicas vão poder combinar esses instrumentos com as demais mídias. Ele citou o Portal do Professor, que é um dos espaços mais consultados pela categoria e que ainda pode e deve ser ampliado. Hoje, disse, estão disponíveis no portal 15 mil aulas criadas por educadores e aprovadas por um comitê editorial do MEC. Mercadante anunciou que vai lançar editais e constituir um comitê nacional para selecionar e recomendar as melhores aulas que estarão disponíveis para todos os professores.

Ionice Lorenzoni
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17479

domingo, 15 de abril de 2012

O FIM DO LIVRO E A ETERNIDADE DA LITERATURA

 Carlos Heitor Cony – FSP 08/09/2000

JÁ ESTÁ enchendo a discussão sobre o futuro do livro, tal como hoje o conhecemos. Por extensão, a mídia impressa sofre a mesma ameaça vinda da mídia eletrônica, que ainda está na sua pré-história. Antes de mais nada, é preciso lembrar que o livro teve ancestrais em nada parecidos com o produto industrial que tomou sua forma definitiva após Gutenberg. O homem escreveu seus primeiros códigos morais e sociais em pedra, tijolos e madeira. Os dez mandamentos do Sinai vieram em forma de tábuas, embora Michelangelo tenha eternizado o seu Moisés segurando duas pedras. A escrita primitiva, feita a estilete, era da direita para a esquerda, daí que a literatura mais antiga, como a hebraica, é lida ao contrário. Os gravadores usavam a mão direita para dar a martelada, e o estilete ia da direita para a esquerda.
Povo do livro, os judeus têm como símbolo supremo de sua religião o Livro, a Torá, que são rolos de pergaminho ou papiro. Em Jerusalém, no Palácio do Livro, está exposto o Livro de Isaías tal como foi encontrado numa das cavernas de Qumran. É um imenso rolo que se desdobra à medida que se lê. Antes mesmo de Gutenberg, o livro já adquiria o formato atual, e foi nele que se conservou a cultura e a tradição material e espiritual da humanidade. Pergunta: o que será dele quando a tecnologia conseguir telas de computador com a espessura de uma folha de papel?. Poderemos dispensar nossas bibliotecas, conservando um único exemplar na forma aproximada de um livro tal como o conhecemos, podendo levá-lo para a cama, a praia, o banheiro, bastando acessá-lo por um provedor, que nos dará o texto integral de qualquer obra, no idioma que escolhermos, com as ilustrações e gráfico de que necessitamos.
No mesmo “livro”, poderemos ler “Guerra e Paz” e “Os Sertões”. Ou por meio de disquetes ou pela internet. Como se vê, um problema técnico, cuja materialidade estará sempre em processo. Mas a pergunta que importa não é sobre o futuro material do livro, que depende de papel, gráfica, tinta e acabamento. O que importa discutir é que a linguagem habitual do livro, a literária, feita de letras, sintaxe e morfologia, ganhou uma inesperada importância com o advento da linguagem digital. Pois a verdade é que a linguagem visual, da imagem que se move, que tem cor e movimento, que tem som e pode até ter cheiro, começava a dominar a cultura moderna. Jovens na fase dos 25 aos 30 anos já resistiam à linguagem das letras, uma vez que foram educados a partir de imagens e ícones que, com simplicidade e eficiência, transmitiam informações mais completas e instantâneas.
Acontece que, com a linguagem digital colocada em circuito pela rede eletrônica, os jovens que agora estão chegando à fase do consumo de informações, por bem ou por mal, estão voltando à expressão literária, rudimentar embora, mas sujeita ao aprimoramento natural determinado pela própria necessidade de se exprimir.
Não faz muito, um jovem normal, independente de sua escolaridade, possuía um vocabulário padrão, paupérrimo, reduzido ao mínimo, ao legal, ao “morou”, ao “cara” e a outras simplificações que, de certo modo, eram bastantes para a comunicação entre os iguais. Com a chegada dos e-mails, dos sites virtuais, essas necessidades aumentaram e, embora continuem a ser usados símbolos, ícones e imagens, nota-se que a palavra impressa literariamente é indispensável. Daí a sobrevivência da linguagem propriamente dita, em sua forma convencional, que não será vencida pela linguagem meramente visual e animada.
É impossível deter a geléia que isso começa a provocar na cabeça dos meninos de 10 a 12 anos que sentem necessidade cada vez maior da comunicação impressa. Aos poucos, eles estão descobrindo o universo literário em sua acepção mais clássica, precisam lidar com sujeitos, verbos e complementos, dar valor a determinadas palavras, juntá-las de forma articulada e pessoal. Ou seja: é um retorno à literatura. E, gradualmente, esse universo irá se ampliando. É impressionante o número de e-mails que recebemos de jovens, na fase dos 14 aos 15 anos, divagando sobre tema os mais variados, e muito deles insensivelmente, apelando para pequenos contos ou crônicas, recurso impensável antes da Internet, pois só era usado em salas de aula que ajudavam a formar o desdém pela linguagem literária impressa.
Discutir a sobrevivência do livro, como objeto material, é ocioso. Como produto industrial, ele estará sujeito às transformações da técnica e da circunstância. Agora, o espírito da letra, a necessidade da letra como símbolo de expressão, reflexão e comunicação, isso nada tem a temer da linguagem digital. Pelo contrário: ela ajudou a velha letra, que nossos ancestrais grafavam na pedra ou na madeira, a vencer a força e a comodidade da imagem. Não adianta colocar Ingrid Bergman beijando Humphrey Bogart para transmitir a beleza e a necessidade de que sentimos toda vez que amamos. Nada substitui a simplicidade, a maravilhosa assombração do “eu te amo”.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Jovens Guerreiros, acordem!!



NÃO É TARDE PARA CORRIGIR  OS ERROS, BASTA QUERER NÃO PERSISTIR NO ERRO.

Campanha 2008 - Não venda seu voto

http://www.youtube.com/watch?v=02Trri7zhNs


"TODO MUNDO SABE", MAS NÃO É DEMAIS LEMBRAR.

INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO


A educação há muito tempo deixou de ser pensada como um espaço em que somente se aprende pela transmissão formal e unilateral do professor para o aluno. Na verdade, o pensamento anterior era um equívoco paradigmático, pois nem mesmo os modelos de enclausuramento restringiam o espaço humano de inter-relações. Além do mais, as mudanças tecnológicas lançaram por terra toda premissa baseada no afastamento do indivíduo às relações com seu ambiente vivencial, ou seja, as NTICs – novas tecnologias da informação e comunicações – permitiram tanto aos educadores quanto os alunos a possibilidade de criar não só seu espaço mais influir no mundo de forma direta, pois na rede mundial de computadores as informações têm importância significativa e fazem parte de uma construção ampliada a enésima.
O advento das NTICs não significa melhoria ou mudança na forma em que as escolas ensinam seus alunos. É uma ferramenta que amplia a reflexão sobre a importância da colocação de método em contraposição aos já existentes, testando sua eficácia e adaptabilidade ao contexto escolar. Já foi visto em textos anteriores, pesquisadores que contestam a inserção do computador como instrumento educacional, entretanto, deve-se pensar o mesmo quanto a aplicabilidade no contexto escolar. É preciso refletir para que não se caia novamente no conto do vigário em que o Governo Federal impôs de maneira autocrática a LDB 9394/96 em que impretou aos profissionais em educação que recebessem alunos com deficiências múltiplas às escolas sem a devida preparação. Esse curso é de extrema importância para ajudar a reduzir as mazelas já criadas com a frustração de muitos profissionais que desacreditam na educação, por desrespeito que a própria lei causa. As escolas estão cheias de computadores que na prática ainda não serviram para nada, quer dizer, serve, para dizer que tem.
No vídeo, novas tecnologias, novos modos de ensinar, novos modos de aprender disponível no youtube, mostra que a internet apesar de ser nova, conseguiu em pouco tempo interligar o mundo em um único lugar físico – o computador. No Brasil dados do IBOPE contabilizam 64 milhões de usuário, quantidade maior que muitos habitantes de países inteiros. A importância desse dado demonstra a responsabilidade das escolas em formar cidadãos sensíveis e reflexivos para o melhor uso das TICs. É possível perceber que nas redes sociais as produções postadas na maioria das vezes são reprodução de imagens e textos de empresas de especializadas e pouco se ver um conteúdo criativo que fale da vida ou de produções acadêmicas, políticas e profissionais.
Outro dado empírico é que os professores também utilizam inadequadamente a informação, tanto no nível escolar quanto no da internet. Os paradigmas lingüísticos e metodológicos permanecem inalterados em grande parte em razão da descrença e paralisação diante das mudanças. É preferível viver as coisas do jeito que estão ao adaptar-se às mudanças. Alguns até falam em retorno da palmatória e castigos físicos como instrumento de controle. Essa postura denota a falta de estrutura psicológica em aceitar o novo e a dificuldade de refletir que as crianças atualmente recebem estímulos diversos e em quantidades muito superiores às do passado e o professor deve estar preparado para aprender e ensinar e aprender novamente. Essa dialética é fundamental para que se possa entender cada vez mais a linguagem do aluno para poder incidir especificamente no fenômeno observado.
Nessa perspectiva de interação homem-máquina-aprendizagem-homem há muito por descobrir e decodificar. Existem profissionais que estudam a incidência das informações veiculadas na rede para aprimorar as propagandas e reduzir os ruídos na comunicação. Por que não tentar conhecer como os alunos vêem esse mundo e tentar interagir para conhecer mais sobre o assunto e melhorar a comunicação entre eles? Esse é um paradigma que precisa ser derrubado para que se estabeleça uma relação horizontal com alunos. Entender como se processa as NTICs é um avanço significativo na qualidade das relações e na potencialização do processo de ensino-aprendizagem.

ESPERO QUE OS PARCEIROS ARGUMENTEM PARA MELHORAR E AMPLIAR A DISCUSSÃO. ESSE FOI UM TEXO ENVIADO PARA O CURSO MÍDIAS EM EDUCAÇÃO, APESAR DE FAZER UMA RÁPIDA DESCRIÇÃO DO TEMA FICOU CLARA A IDÉIA PRINCIPAL. ENVIESEI PARA O FOCO DAS REDES SOCIAIS, JÁ QUE POSTAREI TAMBÉM LÁ, CONTUDO ESTAJAM A VONTADE PARA CRITICAR.

GREVE GERAL DA REDE ESTADUAL DE ENSINO

Postado pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

 Em assembleia hoje,11/04/2012, em Salvador, a categoria deliberou GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO.

Após a deliberação, a APLB Sindicato e categoria resolveram fazer uma passeata do colégio Salesiano até o Fórum Ruy Barbosa.
Amanhã, 12/04/2012, estará acontecendo novas assembleias no interior para informes do movimento e resultado da audiência com o governo.
Em UNA, a assembleia acontecerá no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, às 14:00 horas.

quarta-feira, 28 de março de 2012

“A responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam”  (José Saramago - Ensaio sobre a cegueira)

Dias Iguais

Carlos Drummond de Andrade


Acordar, viver


Como acordar sem sofrimento?

Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.


Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,

a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?


Como proteger-me das feridas

que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?


Ninguém responde, a vida é pétrea.


 Sugiro assistir o Video com a música, O Tempo não pára - Cazuza. Preste atenção na frase: "Eu vejo o futuro repetir o passado /Eu vejo um museu de grandes novidades".

Como você se sente? A mudança é possível ser alcançada? Como?

 

domingo, 25 de março de 2012

Professor: profissão AMOR.

Normalmente, quando debato sobre Educação, saio em defesa dos Professores. Péssimas condições de trabalho, descaso dos pais, má remuneração ( acredito que não seja esse o principal motivo  para melhoria da Educação), violência, entre outros. 

Contudo, é necessário externar a revolta aos profissionais que desacreditam na mudança pela Educação, culpabilizam as crianças, pais e sociedade pelo fracasso escolar. Ao menos, tem a capacidade de refletir que as crianças não nascem sabendo e que é a sociedade responsável pela sua existência física,social e psicológica. Dessa forma, fruto de nós mesmos. 

É angustiante ouvir professores atribuindo esteriótipos negativos às crianças que normalmente estão repetindo comportamentos reproduzidos pelas pessoas no qual convivem diariamente. 

Alguns exemplos dessa triste história faço questão de descrever: Associar os comportamentos transgressores das crianças às ações ilícitas exercida pelos pais, apelidar de maneira ofensiva os alunos, negligenciar atenção, afirmando que tal criança não tem jeito, entre outros. Se um médico fizesse a mesma coisa, quando um caso parecesse difícil de resolver,você aprovaria essa atitude?

Sinceramente, algumas vezes senti impotência em criar estratégias adequadas para que determinados alunos prestassem atenção e aprendessem na mesma velocidade dos outros, no entanto, o professor que espera que todos os alunos têm que aprender com uma única metodologia, deveria rever os conceitos e atualizar a biblioteca, ou procurar uma profissão que não exija tanta dedicação e empenho. Mesmo não sabendo lidar com a situação, nunca deixei de acreditar e assumir a incapacidade momentânea de subsidiá-lo com o melhor, contudo, aquilo que ofereci foi o melhor que pude oferecer.

As crianças precisam de AMOR, CARINHO, AMIZADE, SINCERIDADE, CASTIGOS e de alguém que lhe diga NÃO, desde que seja algo significativo.



Quando uma criança se torna agressiva e desobediente, ela sabe o que as pessoas pensam sobre isso. Quando uma pessoa  age de forma acolhedora, está sendo criado neste momento um espaço para reflexão e para o diálogo. Esse tipo de postura garante a criança a certeza de que pode contar com o professor, possibilitando aos dois um momento de aprendizagem significativa.


 


 


 

Apesar das dificuldade enfrentadas é preciso agir prontamente para que as crianças não desequilibrem e sigam em frente, nessa corda bamba chamada Brasil de contrastes.


 

sexta-feira, 23 de março de 2012

O que está acontecendo conosco?

Ás vezes me pergunto, se existe alguma razão lógica para que eu nascesse neste tempo. É incrível como a história escrita nos livros  dá a sensação nostálgica de que as coisas aconteceram numa velocidade diferente do que realmente foi. E angustia saber que no tempo presente as mudanças são demoradas. As revolução, guerras, greves, ditadura, redemocratização, entre outros, traz à tona uma sociedade construída por lutas e que fazem parte de nossa história pessoal. Alguns podem perguntar, como assim, nossa história? Tenho apenas 20 anos. Todavia, se observarmos o contexto maior nos faremos entender que nossa educação teve como pilar a experiência dos nossos pais que consequentemente herdaram dos nossos avós. Então o que explica o desinteresse generalizado dos jovens no que tange a política e cidadania? 
Há mais de 2000 anos, Aristóteles escreveu que "o homem é um animal político", esse conceito perdura até hoje, pois abrange todas as outras definições, já o "termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada." Brasil Escola
Dessa forma, pode-se concluir que: ou nosso pais nos educaram mal ou não aprendemos nada com nossos antecessores. Visto que a transmissão de conhecimento de geração em geração é o motivo no qual nos tornamos uma civilização organizada e inventiva, não se pode regredir ao ponto de negar a história dos cidadãos que derramaram  sangue para lavar nossa pátria de diversas investidas de ascender o poder de forma autoritária e anti-democrática. Com muita luta foi conquistado o sufrágio universal, garantia de que todas as pessoas tenham direito ao voto, no entanto essa conquista parece não representar nada para muitos. 

Questão para refletirmos:

O que ocorreu nesse meio tempo para que a juventude não tenha motivação para participar?

Os pais esqueceram de ensinar essa nobre lição?

Lutar pela vigência plena da democracia e o direito a cidadania é um assunto para se discutido hierarquicamente?




quinta-feira, 15 de março de 2012

Frase do Dia - Clarice Lispector



 

Vivemos assim, alienados a modismo e esteriótipos estrangeiros. Escravizados psicologicamente. Achamos que fazemos as coisas por nossa real vontade, na verdade não o deixa de ser, contudo, a cultura capitalista nos faz acreditar numa realidade supérflua. 
Alguns Psicólogos Evolucionistas afirmam que a pior escravidão não é física, no qual um indivíduo força um outro fazer o que ele deseja através da força, e sim a psicológica, no qual a pessoa age como se estivesse agindo de forma autônoma, contudo, não percebe que foi alienada a fazer o que o outro quer.

É preciso para e pensar: 
O que estamos fazendo de nós mesmos?

A Família e suas vicissitudes


Por: Ueliton Santos de Andrade

É do conhecimento de muitos que a família tem sido nos últimos anos objeto de estudos dos cientistas, pois se entende que é neste espaço que acontece os maiores fatos que definem a personalidade dos sujeitos e a forma como a sociedade estará estruturada
Reis (2006, p. 99) “argumenta que ao mesmo tempo em que sob, alguns aspectos, a família, mantém inalterada, apresenta uma gama de mudanças”.  Algumas correntes ideológicas compreendem a família como um sistema fechado, e que assim deve permanecer, pois se entende que esta deve permanecer inalterável e que a sociedade que a corrompe. Outras pensam o contrário: “[...] a instituição familiar deve ser combatida, pois representa um entrave ao desenvolvimento social; é algo exclusivamente nocivo, é o local onde as neuroses são fabricadas e onde se exerce mais implacável dominação sobre as crianças e as mulheres (REIS, 2006, p. 99).
Destarte, percebe-se que a família tanto pode ser tornar agente que proporciona a formação de uma pessoa saudável como pode produzir o sujeito alienados e doentes. Ou seja, sabe-se que os padrões de comportamento nas famílias têm mudado ao longo dos anos de forma abrupta, pode se mencionar aqui, que a comunicação é um dos fatores que desencadeou este processo.
Sabe-se que antes da ascensão da televisão as famílias mantinham-se ligadas fraternalmente e de certa maneira isoladas de outros padrões de comportamento, predominava ali, a autoridade dos pais, todo afeto, aprendizado emanavam neste grupo fechado, e não era de forma alguma, contaminada por outros padrões de comportamento (TEIXEIRA; FROES e ZAGO, 2006).
No entanto, quando a televisão “entrou em cena’, a autoridade dos pais pouco a pouco vai sendo minada, pois o papel de educador passa e ser de responsabilidade dos meios de comunicação, que neste momento passa a ditar as regras do que é certo do que é considerado errado. Não demorou muito tempo e surge a internet, um a agente mais veloz que a televisão, onde se circula milhões de informações em tempo real, que produz mudanças bruscas na sociedade, pois além de seu poder de alcance não ter fronteiras, acabam alcançando todas as comunidades, classes e níveis de faixa etária,
Não se sabe dizer com segurança qual será o destino das famílias, pois os relacionamentos familiares têm sido muito fracos afetivamente, os papeis sociais tem sido invertida, a comunicação não flui de maneira normal, pois entre as pessoas agora existe a maquina, que passa a ditar as regras, os membros familiares não preocupam em manter o grupo coeso, passam a reproduzir a ideologia do capitalismo, ou seja, cada um responsável por si próprio, pela felicidade ou infelicidade, o vinculo afetivo não é mais constante.
Embora, por um lado as informações tenham ajudado o homem a dominar a natureza, produzir mais com menos esforço, se locomover sem grande perda de energia e de tempo, por outro lado a sai perdendo, pois o núcleo base da sociedade vem sofrendo com tamanhas mudanças, com as quais não tem tido tempo de se adaptarem, haja vista que se demoram gerações constituírem um grupo familiar saudável. Infelizmente a ver-se que a cada dia a sociedade tem ficado disfuncional, um desconexo; como se fosse um efeito dominó, perde a família, perdem os indivíduos que constituem esta família e perde a sociedade por inteiro.
Baseado no que foi exposto acima, espera-se que na mesma velocidade que o homem trabalhou para facilitar a sua comodidade, possa também desenvolver métodos que possam recuperar os danos causados a família, e ao criar novas tecnologias pensem por primeiro nas famílias, preservando assim de danos irreversíveis em sua estrutura.
 Para acessar mais texto de Ueliton Andrade acesse:http://webartigos.com/autores/Uelitonzullu/

REFERÊNCIAS 
TEIXEIRA, Ana Tereza Jacinto; FROES, Rafael de Carvalho; ZAGO Elaine Cristina.  A comunicação e o relacionamento na família atual em virtude dos novos tempos. Disponível em: <http://www.facef.br/rec/ed01/ed01_art01.pdf>. Acesso em: 10 de out. de 2011
 REIS, José Roberto Tozoni. Família, emoção e ideologia. In: LANE, S. T. M & CODO, W. (Orgs).Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 2006. p. 99-124.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Poesia do Dia


    Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond
Na íntegra em:http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema033.htm

Salário dos professores não resolve problema de qualidade da educação, dizem especialistas


Suellen Smosinski
Do UOL, em São Paulo

A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) organizou uma paralisação nacional entre hoje (14) e sexta-feira (16) para exigir o cumprimento da Lei do Piso. O novo valor anunciado pelo MEC (Ministério da Educação) é de R$ 1.451. O protesto também defende um maior investimento público em Educação. Segundo especialistas ouvidos peloUOL, o aumento do salário dos docentes é apenas um dos fatores que influenciam na melhora da educação e deve vir acompanhado de outras práticas para a valorização do ensino.
“O professor tem que receber mais, mas só isso não basta. Seria importante que junto com o incentivo econômico acontecessem outras iniciativas. Tem que ter piso, mas tem que ter pedagogia”, afirmou Francisco Soares, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e coordenador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais na mesma instituição.
Segundo ele, estudos mostram que a relação entre gastos com educação e aprendizado do aluno é pequena, como “qualquer outro fator isolado”. “Temos que pagar mais para os professores não porque vai gerar por si só melhor desempenho, mas é um dos elementos”, disse Soares.
O professor José Marcelino de Rezende, da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, também aponta o salário dos professores como uma das variáveis que contribuem para a qualidade da educação e que, por isso, deve ser mais valorizado: “Eu acho que a gente deve dobrar em média o salário do professor no Brasil, para tornar a profissão mais atrativa. Se eu quero atrair bons profissionais, tenho que gastar mais com salários”. O docente contou que muitos de seus  alunos da USP acabam indo para outras profissões depois de formados, pois conseguem salários melhores em outras atividades, como em bancos, por exemplo.

Quem paga o piso?


Os professores do Distrito Federal, que são os mais bem pagos do país (R$ 2.314), entraram em greve na última segunda-feira (12). Uma das razões da paralisação é o não cumprimento da equiparação salarial com outras carreiras de nível superior do GDF (Governo do Distrito Federal). O acordo para a isonomia foi feito em abril de 2011, entre o Sinpro (Sindicato dos Professores do Distrito Federal) e o governo.

No Piauí, em Goiás e em Rondônia os professores também estão em greve.

Ideb x Piso

Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul são os que recebem o menor salário do país: R$ 791 para uma carga horária de 40 horas semanais – o novo valor do piso é R$ 1.451. Já a avaliação do Estado no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é uma das dez melhores do Brasil. Em contrapartida, o Amazonas paga um valor acima do piso para seus docentes (R$ 1.905) e não apresenta bons índices na avaliação.
Marcelino afirma que dados como o Ideb devem ser usados com cuidado para avaliar a qualidade da educação nos Estados e Municípios. “No Brasil, o desempenho dos alunos está muito ligado com a condição socioeconômica das famílias. O capital cultural e a escolaridade dos pais interfere diretamente nas notas”, disse.
Ideb é a "nota" do ensino básico no país. Numa escala que vai de 0 a 10, o MEC (Ministério da Educação) fixou a média 6, como objetivo para o país a ser alcançado até 2021.

O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar (ou seja, com informações enviadas pelas escolas e redes), e médias de desempenho nas avaliações do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o Saeb - para os Estados e o Distrito Federal, e a Prova Brasil - para os municípios.

Criado em 2007, o Ideb serve tanto como dignóstico da qualidade do ensino brasileiro, como baliza para as políticas de distribuição de recursos (financeiros, tecnológicos e pedagógicos) do MEC. Se uma rede municipal, por exemplo, obtiver uma nota muito ruim, ela terá prioridade de recursos.

VEJA A COMPARAÇÃO IDEB X SALÁRIO

EstadoPiso para 40 horas/semanaIdeb 5º ano EFIdeb 9º ano EFIdeb 3º ano EM
RSR$ 791,004,94,13,9
APR$ 1.085,003,83,63,1
SCR$ 1.187,005,24,54,1
ROR$ 1.187,004,33,53,7
ACR$ 1.187,004,34,13,5
SER$ 1.187,003,83,23,2
RNR$ 1.187,003,93,33,1
ALR$ 1.187,003,72,93,1
PIR$ 1.187,004,03,83,0
PER$ 1.188,004,13,43,3
BAR$ 1.188,003,83,13,3
PRR$ 1.224,005,44,34,2
PAR$ 1.244,003,63,43,1
CER$ 1.270,004,43,93,6
TOR$ 1.330,004,53,93,4
MAR$ 1.357,003,93,63,2
PBR$ 1.384,003,93,23,4
GOR$ 1.460,004,94,03,4
MSR$ 1.490,004,64,13,8
RJR$ 1.732,004,73,83,3
MTR$ 1.749,004,94,33,2
MGR$ 1.870,005,64,33,9
SPR$ 1.894,005,54,53,9
AMR$ 1.905,003,93,53,3
RRR$ 2.142,004,33,73,4
DFR$ 2.315,005,64,43,8
ESNÃO INFORMOU5,14,13,8
Fonte: levantamento feito pela Folha de S.Paulo em 5.mar