domingo, 15 de abril de 2012

O FIM DO LIVRO E A ETERNIDADE DA LITERATURA

 Carlos Heitor Cony – FSP 08/09/2000

JÁ ESTÁ enchendo a discussão sobre o futuro do livro, tal como hoje o conhecemos. Por extensão, a mídia impressa sofre a mesma ameaça vinda da mídia eletrônica, que ainda está na sua pré-história. Antes de mais nada, é preciso lembrar que o livro teve ancestrais em nada parecidos com o produto industrial que tomou sua forma definitiva após Gutenberg. O homem escreveu seus primeiros códigos morais e sociais em pedra, tijolos e madeira. Os dez mandamentos do Sinai vieram em forma de tábuas, embora Michelangelo tenha eternizado o seu Moisés segurando duas pedras. A escrita primitiva, feita a estilete, era da direita para a esquerda, daí que a literatura mais antiga, como a hebraica, é lida ao contrário. Os gravadores usavam a mão direita para dar a martelada, e o estilete ia da direita para a esquerda.
Povo do livro, os judeus têm como símbolo supremo de sua religião o Livro, a Torá, que são rolos de pergaminho ou papiro. Em Jerusalém, no Palácio do Livro, está exposto o Livro de Isaías tal como foi encontrado numa das cavernas de Qumran. É um imenso rolo que se desdobra à medida que se lê. Antes mesmo de Gutenberg, o livro já adquiria o formato atual, e foi nele que se conservou a cultura e a tradição material e espiritual da humanidade. Pergunta: o que será dele quando a tecnologia conseguir telas de computador com a espessura de uma folha de papel?. Poderemos dispensar nossas bibliotecas, conservando um único exemplar na forma aproximada de um livro tal como o conhecemos, podendo levá-lo para a cama, a praia, o banheiro, bastando acessá-lo por um provedor, que nos dará o texto integral de qualquer obra, no idioma que escolhermos, com as ilustrações e gráfico de que necessitamos.
No mesmo “livro”, poderemos ler “Guerra e Paz” e “Os Sertões”. Ou por meio de disquetes ou pela internet. Como se vê, um problema técnico, cuja materialidade estará sempre em processo. Mas a pergunta que importa não é sobre o futuro material do livro, que depende de papel, gráfica, tinta e acabamento. O que importa discutir é que a linguagem habitual do livro, a literária, feita de letras, sintaxe e morfologia, ganhou uma inesperada importância com o advento da linguagem digital. Pois a verdade é que a linguagem visual, da imagem que se move, que tem cor e movimento, que tem som e pode até ter cheiro, começava a dominar a cultura moderna. Jovens na fase dos 25 aos 30 anos já resistiam à linguagem das letras, uma vez que foram educados a partir de imagens e ícones que, com simplicidade e eficiência, transmitiam informações mais completas e instantâneas.
Acontece que, com a linguagem digital colocada em circuito pela rede eletrônica, os jovens que agora estão chegando à fase do consumo de informações, por bem ou por mal, estão voltando à expressão literária, rudimentar embora, mas sujeita ao aprimoramento natural determinado pela própria necessidade de se exprimir.
Não faz muito, um jovem normal, independente de sua escolaridade, possuía um vocabulário padrão, paupérrimo, reduzido ao mínimo, ao legal, ao “morou”, ao “cara” e a outras simplificações que, de certo modo, eram bastantes para a comunicação entre os iguais. Com a chegada dos e-mails, dos sites virtuais, essas necessidades aumentaram e, embora continuem a ser usados símbolos, ícones e imagens, nota-se que a palavra impressa literariamente é indispensável. Daí a sobrevivência da linguagem propriamente dita, em sua forma convencional, que não será vencida pela linguagem meramente visual e animada.
É impossível deter a geléia que isso começa a provocar na cabeça dos meninos de 10 a 12 anos que sentem necessidade cada vez maior da comunicação impressa. Aos poucos, eles estão descobrindo o universo literário em sua acepção mais clássica, precisam lidar com sujeitos, verbos e complementos, dar valor a determinadas palavras, juntá-las de forma articulada e pessoal. Ou seja: é um retorno à literatura. E, gradualmente, esse universo irá se ampliando. É impressionante o número de e-mails que recebemos de jovens, na fase dos 14 aos 15 anos, divagando sobre tema os mais variados, e muito deles insensivelmente, apelando para pequenos contos ou crônicas, recurso impensável antes da Internet, pois só era usado em salas de aula que ajudavam a formar o desdém pela linguagem literária impressa.
Discutir a sobrevivência do livro, como objeto material, é ocioso. Como produto industrial, ele estará sujeito às transformações da técnica e da circunstância. Agora, o espírito da letra, a necessidade da letra como símbolo de expressão, reflexão e comunicação, isso nada tem a temer da linguagem digital. Pelo contrário: ela ajudou a velha letra, que nossos ancestrais grafavam na pedra ou na madeira, a vencer a força e a comodidade da imagem. Não adianta colocar Ingrid Bergman beijando Humphrey Bogart para transmitir a beleza e a necessidade de que sentimos toda vez que amamos. Nada substitui a simplicidade, a maravilhosa assombração do “eu te amo”.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Jovens Guerreiros, acordem!!



NÃO É TARDE PARA CORRIGIR  OS ERROS, BASTA QUERER NÃO PERSISTIR NO ERRO.

Campanha 2008 - Não venda seu voto

http://www.youtube.com/watch?v=02Trri7zhNs


"TODO MUNDO SABE", MAS NÃO É DEMAIS LEMBRAR.

INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO


A educação há muito tempo deixou de ser pensada como um espaço em que somente se aprende pela transmissão formal e unilateral do professor para o aluno. Na verdade, o pensamento anterior era um equívoco paradigmático, pois nem mesmo os modelos de enclausuramento restringiam o espaço humano de inter-relações. Além do mais, as mudanças tecnológicas lançaram por terra toda premissa baseada no afastamento do indivíduo às relações com seu ambiente vivencial, ou seja, as NTICs – novas tecnologias da informação e comunicações – permitiram tanto aos educadores quanto os alunos a possibilidade de criar não só seu espaço mais influir no mundo de forma direta, pois na rede mundial de computadores as informações têm importância significativa e fazem parte de uma construção ampliada a enésima.
O advento das NTICs não significa melhoria ou mudança na forma em que as escolas ensinam seus alunos. É uma ferramenta que amplia a reflexão sobre a importância da colocação de método em contraposição aos já existentes, testando sua eficácia e adaptabilidade ao contexto escolar. Já foi visto em textos anteriores, pesquisadores que contestam a inserção do computador como instrumento educacional, entretanto, deve-se pensar o mesmo quanto a aplicabilidade no contexto escolar. É preciso refletir para que não se caia novamente no conto do vigário em que o Governo Federal impôs de maneira autocrática a LDB 9394/96 em que impretou aos profissionais em educação que recebessem alunos com deficiências múltiplas às escolas sem a devida preparação. Esse curso é de extrema importância para ajudar a reduzir as mazelas já criadas com a frustração de muitos profissionais que desacreditam na educação, por desrespeito que a própria lei causa. As escolas estão cheias de computadores que na prática ainda não serviram para nada, quer dizer, serve, para dizer que tem.
No vídeo, novas tecnologias, novos modos de ensinar, novos modos de aprender disponível no youtube, mostra que a internet apesar de ser nova, conseguiu em pouco tempo interligar o mundo em um único lugar físico – o computador. No Brasil dados do IBOPE contabilizam 64 milhões de usuário, quantidade maior que muitos habitantes de países inteiros. A importância desse dado demonstra a responsabilidade das escolas em formar cidadãos sensíveis e reflexivos para o melhor uso das TICs. É possível perceber que nas redes sociais as produções postadas na maioria das vezes são reprodução de imagens e textos de empresas de especializadas e pouco se ver um conteúdo criativo que fale da vida ou de produções acadêmicas, políticas e profissionais.
Outro dado empírico é que os professores também utilizam inadequadamente a informação, tanto no nível escolar quanto no da internet. Os paradigmas lingüísticos e metodológicos permanecem inalterados em grande parte em razão da descrença e paralisação diante das mudanças. É preferível viver as coisas do jeito que estão ao adaptar-se às mudanças. Alguns até falam em retorno da palmatória e castigos físicos como instrumento de controle. Essa postura denota a falta de estrutura psicológica em aceitar o novo e a dificuldade de refletir que as crianças atualmente recebem estímulos diversos e em quantidades muito superiores às do passado e o professor deve estar preparado para aprender e ensinar e aprender novamente. Essa dialética é fundamental para que se possa entender cada vez mais a linguagem do aluno para poder incidir especificamente no fenômeno observado.
Nessa perspectiva de interação homem-máquina-aprendizagem-homem há muito por descobrir e decodificar. Existem profissionais que estudam a incidência das informações veiculadas na rede para aprimorar as propagandas e reduzir os ruídos na comunicação. Por que não tentar conhecer como os alunos vêem esse mundo e tentar interagir para conhecer mais sobre o assunto e melhorar a comunicação entre eles? Esse é um paradigma que precisa ser derrubado para que se estabeleça uma relação horizontal com alunos. Entender como se processa as NTICs é um avanço significativo na qualidade das relações e na potencialização do processo de ensino-aprendizagem.

ESPERO QUE OS PARCEIROS ARGUMENTEM PARA MELHORAR E AMPLIAR A DISCUSSÃO. ESSE FOI UM TEXO ENVIADO PARA O CURSO MÍDIAS EM EDUCAÇÃO, APESAR DE FAZER UMA RÁPIDA DESCRIÇÃO DO TEMA FICOU CLARA A IDÉIA PRINCIPAL. ENVIESEI PARA O FOCO DAS REDES SOCIAIS, JÁ QUE POSTAREI TAMBÉM LÁ, CONTUDO ESTAJAM A VONTADE PARA CRITICAR.

GREVE GERAL DA REDE ESTADUAL DE ENSINO

Postado pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

 Em assembleia hoje,11/04/2012, em Salvador, a categoria deliberou GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO.

Após a deliberação, a APLB Sindicato e categoria resolveram fazer uma passeata do colégio Salesiano até o Fórum Ruy Barbosa.
Amanhã, 12/04/2012, estará acontecendo novas assembleias no interior para informes do movimento e resultado da audiência com o governo.
Em UNA, a assembleia acontecerá no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, às 14:00 horas.